Eu me lembro bem da minha primeira copa, em 1986, no México. Foi uma aventura incrível, cheia de emoções e surpresas.
Eu sempre gostei de viajar e conhecer novos lugares, e naquele ano eu decidi ir para a copa sem planejar nada.
Eu estava almoçando no aeroporto de Congonhas, quando vi os aviões decolando e pousando, e me deu uma vontade de embarcar em um deles. Então eu fui até uma agência de viagem no centro e perguntei qual era o voo mais barato para o México.
Eles me disseram que era pela Lap (linhas aéreas paraguaia), que fazia escala no Paraguai. Eu não pensei duas vezes e comprei a passagem.
Foi uma viagem muito divertida, porque eu conheci um grupo de torcedores do sul que estavam indo para a copa também. Eles eram muito animados e cantavam o tempo todo. Teve até um casamento entre um deles e uma aeromoça. Eu me senti parte da família e depois nos encontramos nos estádios para torcer pelo Brasil.
Em Guadalajara, onde eu fiquei hospedado, a festa era todo dia. Eu encontrei um amigo meu que também estava lá e nós dois fazíamos samba em todo lugar que íamos. Os mexicanos adoravam a nossa música e nos convidavam para entrar nos bares e restaurantes sem pagar nada. Nós éramos as estrelas da copa.
Nos dias de jogos, nós usávamos umas roupas especiais que nós mesmos fizemos, em homenagem ao México. Nós usávamos sombreros e camisetas com o nome do México na frente e do Brasil nas costas. Nós chamávamos a atenção de todo mundo, inclusive da televisão e dos jornalistas. Eles queriam saber quem nós éramos e nós brincávamos que éramos jogadores da seleção. Eu dizia que era o Falcão, meu amigo dizia que era o Careca e meu pai, que também estava com a gente, dizia que era o Telê Santana.
Foi nessa copa que eu conheci a minha esposa, uma mexicana linda que me encantou desde o primeiro momento. Nós começamos a namorar durante a copa e depois continuamos o relacionamento à distância. Depois de um tempo, nós nos casamos e estamos juntos há 33 anos. Ela é a minha companheira de viagem nas copas e também adora as festas que nós fazemos.
Essa foi a minha primeira copa, mas não a última. Eu tenho muitas histórias para contar sobre as outras copas que eu fui. Se vocês quiserem saber mais, acompanhem as nossas aventuras.