Continuando a minha história de 1986, eu quero compartilhar com vocês algumas das experiências mais marcantes que vivi naquela Copa do Mundo no México. Foi uma viagem inesquecível, que me fez conhecer uma cultura rica e vibrante, e também me aproximou de amigos que levo no coração até hoje.
Uma das coisas que mais me impressionou foi a receptividade e a simpatia dos mexicanos. Eles nos tratavam como se fôssemos da família, e nos convidavam para participar das suas festas e tradições. Eu e o meu amigo David, que também era brasileiro, nos divertíamos muito com as brincadeiras e as confusões que aconteciam por causa do idioma e dos costumes diferentes.
Nós dois adorávamos samba, e sempre que podíamos, saíamos pelas ruas e pelos bares cantando e tocando nossas músicas favoritas. Os mexicanos ficavam encantados com o nosso ritmo e a nossa alegria, e muitos deles até pensavam que nós éramos jogadores da seleção brasileira. Nós entrávamos na onda, e às vezes até dávamos autógrafos falsos para os fãs mais empolgados.
Outra coisa que me marcou muito foi a oportunidade de assistir aos treinos do Brasil na Universidade de Guadalajara. Era uma emoção indescritível ver de perto os craques que eu admirava tanto, como Zico, Sócrates, Careca e Júnior. Eu ficava arrepiado com cada jogada, cada passe, cada chute. Eu torcia muito para que eles fossem campeões, mas infelizmente o destino não quis assim. Ainda assim, eu tenho muito orgulho de ter visto aquele time jogar com tanta arte e paixão.
Mas nem só de futebol viveu a minha viagem ao México. Eu também tive a sorte de conhecer uma pessoa muito especial, que me mostrou um lado diferente do país. Ela se chamava Ana, e era uma estudante mexicana que morava em Guadalajara. Ela era linda, inteligente e simpática, e logo nos tornamos amigos.
Ela me apresentou à sua família, que me acolheu com muito carinho, e me levou para conhecer os lugares mais bonitos da cidade. Ela também me ensinou um pouco da sua cultura, como a culinária, a música e a história. Um dos momentos mais divertidos foi quando ela me levou para ver um show de mariachis, que são aqueles músicos típicos que usam roupas coloridas e chapéus grandes. Eles tocavam e cantavam canções românticas e animadas, e eu e a Ana dançávamos e ríamos sem parar. Foi uma noite mágica, que guardo na memória com muito carinho.
Eu nunca vou esquecer o dia em que conheci a Ana. Ela era a mulher mais linda e simpática que eu já tinha visto. Nós nos apaixonamos à primeira vista e começamos a namorar logo depois. Depois de três anos de namoro, eu a pedi em casamento e ela aceitou. Ana se tornou minha esposa e estamos juntos até hoje. Ela é a minha melhor amiga, a minha companheira, a minha alma gêmea. Eu sou muito feliz ao lado dela e agradeço todos os dias por tê-la na minha vida.
Eu poderia ficar horas contando as histórias que vivi naquela Copa do Mundo no México, mas vou parar por aqui por hoje. Espero que vocês tenham gostado de saber um pouco mais sobre essa aventura incrível que eu tive a sorte de viver. Quem sabe um dia eu não volto ao México para reviver esses momentos maravilhosos? Quem sabe um dia o Brasil não ganha outra Copa do Mundo lá? Eu não perco a esperança de ver isso acontecer. Enquanto isso não acontece, eu fico aqui lembrando com saudade daquele tempo feliz.
Obrigado pela atenção, e até a próxima!