Hoje vamos homenagear , Jorjão um Mitos das Copas do Mundo.

Escrito em 21/09/2023
José Eduardo Penereiro pascoal

Redação: Cida

O Jorjão, como era conhecido, era um apaixonado por futebol. Ele começou a seguir a seleção brasileira aos 27 anos de idade e sua primeira Copa do Mundo foi em 1974, na Alemanha Ocidental. A partir dali, ele se tornou um dos maiores torcedores das Copas, tendo acompanhado um total de 11 edições do torneio.



Ao longo dos anos, Jorjão testemunhou grandes momentos do futebol mundial. Ele esteve presente nas Copas de 1978, na Argentina; 1982, na Espanha; 1986, no México; 1990, na Itália; 1994, nos Estados Unidos; 1998, na França; 2006, na Alemanha; 2010, na África do Sul; 2014, no Brasil; e 2018, na Rússia. Essa última foi a sua última Copa do Mundo, pois em 24 de março de 2020, ele partiu para outra jornada.



Jorjão era um torcedor marcante, conhecido por sua vestimenta característica: botas e chapéus nas cores verde e amarelo. Mas mais importante do que isso, ele era a personificação da alegria. Sempre organizava encontros com amigos e levava seu surdão para tocar sambas, contagiando a todos com sua energia.



Foi em 1982 que Jorjão conheceu seu amigo e parceiro de Copas, o famoso Nenê da Kombi. Juntos, eles compartilharam diversas aventuras em busca de acompanhar a seleção brasileira. Infelizmente, Nenê também partiu para outra jornada.


Jorjão mal terminava uma Copa e já estava pensando na próxima. Ele comprava todos os enfeites e camisetas com o tema das Copas. Em 1994, ele decorou a Kombi para viajar por terra durante meses, e até mesmo sua filha se juntou a essa aventura. A programação incluía televisão, rádios e jornais, transformando a viagem em uma verdadeira festa. Após sair do Ibirapuera com muito samba e bandeiras, Jorjão e seus amigos seguiram em direção à Kombi.



Eu comecei a fazer parte dessa loucura mais feliz da vida em 1998, na França. A partir daí, também me tornei parte dessa paixão. Havia samba, perrengues para conseguir ingressos e debates sobre onde assistir aos jogos, pois não tínhamos a facilidade de comunicação que temos hoje. Mas tudo era alegria.

Jorjão sempre dizia que a Copa do Mundo não se tratava apenas de futebol, mas sim de um conjunto de coisas. Era um contexto cultural, uma oportunidade de fazer novos amigos e vivenciar experiências únicas.

Assim, Jorjão acompanhou todas as Copas do Mundo até 2018, quando a Rússia sediou o torneio. Foi uma experiência maravilhosa e inesquecível para mim, pois ele estava lá com toda a sua alegria, rodeado de amigos. Agora, no Catar, ele recebeu a merecida homenagem do MVA, com sua bandeira no esquenta e no estádio. Fiquei maravilhada ao presenciar esse momento.



Jorjão deixou um legado de paixão pelo futebol e pelas Copas do Mundo. Sua energia contagiante e sua dedicação em acompanhar a seleção brasileira serão sempre lembradas. Ele partiu para outra jornada, mas seu espírito estará sempre presente em cada torcedor que, assim como ele, vive a magia do futebol.